“Há um provérbio que
diz:” “ Viver sem amigos é morrer sem testemunhas. Os amigos trazem à nossa vida
uma espécie de atestação. Os amigos sabem o que é para nós o tempo. Eles
testemunham que somos, que fizemos, que amamos, que perseguirmos determinados
sonhos e que fomos perseguidos por este ou aquele sofrimento. E fazem-no não
com a superficialidade que, na maior parte das vezes, é a das convenções, mas
com a forma comprometida de quem acompanha. O olhar do amigo é uma âncora. A
ela nos seguramos em estações diferentes da vida para receber esse bem
inestimável de que temos absoluta necessidade e que, verdadeiramente, só a
amizade nos pode dar: a certeza de que somos acompanhados e reconhecidos. Sem
isso a vida é uma baça surdina destinada ao esquecimento.
A história de cada um de nós consuma-se através de uma necessidade de reconhecimento. Para haver um “eu” tem de existir um “tu”. Com cada homem vem ao mundo algo novo que nunca existiu, algo de inaugural e de único, mas é na construção de uma reciprocidade que de forma consistente o podemos descobrir. O “eu” tem imperiosa carência de ser olhado amigavelmente por outro, e por outros, para organizar-se e ousar o riso de ser. Já escrevia Aristóteles na Ética a Nicómaco: “o homem feliz tem necessidade de amigos”. Nós adoecemos na ausência de amigos. Precisamos desse reconhecimento mútuo, pessoa a pessoa: um reconhecimento não fundado no confronto ou na competição, mas no afeto; não determinado meramente pelas leis da justiça ou pelos vínculos de sangue, mas assente na gratuitidade.”
A história de cada um de nós consuma-se através de uma necessidade de reconhecimento. Para haver um “eu” tem de existir um “tu”. Com cada homem vem ao mundo algo novo que nunca existiu, algo de inaugural e de único, mas é na construção de uma reciprocidade que de forma consistente o podemos descobrir. O “eu” tem imperiosa carência de ser olhado amigavelmente por outro, e por outros, para organizar-se e ousar o riso de ser. Já escrevia Aristóteles na Ética a Nicómaco: “o homem feliz tem necessidade de amigos”. Nós adoecemos na ausência de amigos. Precisamos desse reconhecimento mútuo, pessoa a pessoa: um reconhecimento não fundado no confronto ou na competição, mas no afeto; não determinado meramente pelas leis da justiça ou pelos vínculos de sangue, mas assente na gratuitidade.”
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